Nas entranhas do Brasil repousa um tesouro enigmático: a Redução de São Miguel Arcanjo, um Patrimônio Histórico Nacional que transcende o tempo e nos conecta a uma era de profundas transformações. Nesse espaço sagrado, as tramas culturais, arquitetônicas e religiosas se entrelaçaram, delineando uma narrativa única de interações no auge da colonização.

Esta redução em particular ecoa como um símbolo vivo das missões jesuíticas, refletindo dedicação incansável dos missionários em moldar um novo horizonte. Aqui, a fusão de culturas era mais que uma mera visão; era a essência da coexistência. Os missionários, enquanto introduziram elementos da cultura europeia, também celebravam as riquezas das tradições indígenas, erguendo um monumento à diversidade.

Uma característica marcante da Redução de São Miguel Arcanjo é seu papel como epicentro de trocas culturais. As interações entre missionários e indígenas eram um caldeirão fervente, dando origem a uma tapeçaria cultural intrincada.

Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo

Um encontro de culturas que moldou o Brasil

A majestosa igreja, majestosamente em pé, é um exemplo tangível da convergência de influências, um testemunho das maravilhas que podem surgir quando culturas se entrelaçam. Nesse solo sagrado, a espiritualidade também floresceu. As reduções eram mais do que construções de pedra; eram templos de aprendizado religioso, cenários de cerimônias e de ritos de passagem.

O cristianismo ganhou raízes profundas, mas também se harmonizou com crenças e tradições nativas, criando um legado espiritual diverso e intrincado. Ao ser reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional, as ruínas são preservadas como um farol para as gerações vindouras, uma relíquia tangível que nos guia através das complexidades de nossa história. Essas ruínas silenciosas, carregadas de histórias não contadas, são a promessa de que as vozes do passado nunca serão esquecidas, mas continuarão ecoando, recontando a história e enriquecendo nossa compreensão do que significa ser brasileiro, gaúcho e missioneiro.

Como visitar:

Se você está planejando uma visita ao Patrimônio da Humanidade, fique atendo as seguintes informações! 

Horário de funcionamento: O sítio abre de terça a domingo, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h (de março a outubro); das 9h às 12h e das 13h30 às 18h45 (novembro a fevereiro). Nas segundas-feiras pela manhã o sítio é fechado para manutenção básica. Exceto em feriados prolongados. 

Ingressos: Para adultos, o valor do ingresso é de R$ 10. Meia-entrada para maiores de 60 anos; estudantes de instituições de ensino privado; pessoas com deficiência (PcD); jovens de baica renda no Cadastro Único de programas sociais (mediante comprovação de benefício). São insentos estudantes da rede pública de ensino (mediante apresentação de ofício solicitando a isenção). Os ingressos são adquiridos na bilheteria do sítio. Pagamento somente em dinheiro em espécie. 

Fonte Jesuítica

Purificação e fé nas Fontes Jesuíticas!

As águas das Fontes Missioneiras não apenas saciavam a sede física, mas também eram símbolo de renovação espiritual. Locais de batismo e rituais, essas fontes ligavam a vida cotidiana à fé cristã, representando a busca pela purificação da alma.

Nas Fontes Missioneiras, a engenharia não foi apenas técnica, mas também cultural. Espaços de convivência entre indígenas e jesuítas, esses locais eram palcos de trocas de conhecimento, ensinamentos religiosos e compartilhamento de tradições. Uma verdadeira fusão de culturas!

Descubra a genialidade da engenharia jesuíta nas Fontes Missioneiras de São Miguel Arcanjo. Seu sistema hidráulico avançado é um testemunho do conhecimento técnico dos jesuítas, garantindo o fornecimento de água potável mesmo nas adversidades

Venha conhecer uma verdadeira proeza arquitetônica! Conheça a Fonte Missioneira, uma joia descoberta e restaurada em 1982, a apenas 1 quilômetro do Sítio Arqueológico. Essa fonte, uma das sete que abasteciam a redução, revela-se como um tesouro histórico ainda hoje. Venha vivenciar as riquezas naturais e históricas abençoadas por crenças e culturas. Aberta diariamente, das 9h às 18h, com acesso livre.


Espetáculo Som e Luz

Explore a fascinante narrativa das Missões no Espetáculo Som e Luz, uma criação de 1978 que mergulha no nascimento, desenvolvimento e fim da experiência Jesuítico-Guarani.
Realizado diariamente ao anoitecer no Sítio Histórico São Miguel Arcanjo, este espetáculo de 48 minutos transporta você através do tempo. Testemunhe a história contada pelas testemunhas vivas da experiência missioneira: a majestosa igreja e a sagrada terra.
Em uma jornada envolvente, desvenda o cotidiano, a política, a arte, a guerra e a fé de uma sociedade que floresceu em relações sociais cooperativas.

COMO ASSISTIR

O espetáculo é exibido diariamente, às 20h, com venda de ingressos na bilheteria do sítio, a partir das 19h, no valor de R$ 25 por pessoa e R$ 10 para estudantes e idosos. O pagamento pode ser realizado em dinheiro em espécie, cartão de débito ou Pix. 


Um resgate da história de São Miguel

Monumento à Cenair Maicá

O cantor das águas

Em abril de 2023, o município inaugurou o Monumento a Cenair Maicá, uma homenagem ao aclamado cantor e compositor nativista gaúcho. Com uma altura de quatro metros e pesando mais de quatro toneladas, esta magnífica obra de arte está disponível para visitação diária, tanto durante o dia quanto à noite, com acesso livre a todos os turistas e moradores locais.

Situado em uma área emblemática com formato de violão, na praça Ricardo Antunes Ribas, na Rua Santo Ângelo, nº 1576, no coração de São Miguel, o monumento é um tributo sincero à inestimável contribuição de Maicá para a música missioneira. Reconhecido como o "Cantor das Águas", Cenair Maicá deixou seu legado marcado nas décadas de 70 e 80, enriquecendo o cenário cultural do Rio Grande do Sul. O acesso a praça é livre.


Manancial Missioneiro

Explore a história da região missioneira no Manancial Missioneiro, um museu que mergulha nas raízes da Redução Jesuítica dos Guaranis. Com mais de 500 peças, incluindo elementos arquitetônicos dos Sete Povos das Missões e artefatos dos imigrantes, este espaço preserva a riqueza cultural do passado. Participe do Ritual da Erva Mate e mergulhe na tradição. 

O Manancial Missioneiro aguarda você na Rua Arnaldo Daher Boais e abre suas portas todos os dias das 8h às 18h. No manancial a história ganha vida diante dos seus olhos. 


Desvende os mistérios do passado!

Jaz aos Bandeirantes

Um antimonumento em São Miguel das Missões

Tem uma benzedeira, famosa em São Miguel das Missões que diz: “Quem visita o Antimonumento, divide suas culpas, enterra muito de seus males, de seus pecados”.

A obra, de João Loureiro. Trata-se da representação de um personagem histórico do século XVII, um bandeirante em rústicas vestes sertanistas. Não é do costume dos gaúchos enterrarem seus heróis ou monumentos, ou comparar assim sua arte, mas esse monumento ou antimonumento, ou anti-homenagem, tem várias características interessantes, que se somam as lendas e comportamento dos miguelinos.

Ele está em um descampado com uma vista privilegiada para as Ruínas de São Miguel Arcanjo, outro fato interessante é dar a idéia de um mausoléu, sendo que o melhor ponto de referência para encontrá-lo é o Cemitério Municipal de São Miguel das Missões, que fica a uma quadra do caminho para o antimonumento.

Localizado próximo ao Cemitério Municipal, o acesso é livre aos visitantes. 

Monumento a São Miguel Arcanjo

Padroeiro do Município

Criada pelo talentoso escultor Vinícius Ribeiro, este monumento celebra São Miguel Arcanjo, o líder do Exército Celestial. Padroeiro da Cidade de São Miguel das Missões, ele transcende fronteiras religiosas.

Defensor da igreja e do povo cristão, São Miguel é o mensageiro divino, cujo nome em hebraico significa "aquele que é similar a Deus". Sua história simbólica ecoa com poder e devoção, convidando todos a seguir a mesma direção espiritual.

O monumento está localizaod na praça Guarani, na Avenida Antunes Ribas, com acesseo livre. 

Guardiãs de histórias e bênçãos

Aldeia Tekoá Koenjú

Na Aldeia Tekoá Koenjú, explore uma trilha na mata ciliar guiada pelo Cacique, desvendando segredos de armadilhas de caça e plantas medicinais. No verão, refresque-se nas águas do Rio Piratini, uma fonte de lazer para as crianças guaranis. Encante-se com o coral indígena e com a arte do artesanato, o qual é o sustento das famílias.

Inicie uma jornada espiritual ao encontrar as benzedeiras locais, uma prática cada vez mais procurada na região. Conheça as fascinantes guardiãs de histórias e bênçãos. Vivencie as tradições e crenças locais. São experiências autênticas que aguardam por você. Para visitação é necessário agendamento prévio, pelo telefone (55) 3381-1462.


Atêlie Vó Angelina

Com a tradição que atravessa mais de quatro gerações trabalhamos a lã da ovelha, desde 1984, com o diferencial de trabalhar esse produto desde a criação da ovelha até o produto final. São produtos diferenciados, que são desde o uso para trabalhos no campo quanto para uso pessoal.

Executa todas as etapas da produção, que são: criação da ovelha, tosa ou esquila, lavagem da lã, cardagem, fiação, tecelagem e confecção da peça final, com acabamento diferenciado. Usa em todas as etapas da produção todas as formas as formas tradicionais e conservadoras, bem como as tecnologias modernas.


Borraio Minhas Origens

O Borraio Minhas Origens teve início no ano de 2014, quando foram reunidas as primeiras peças, sendo estas de uso e propriedade da família Guasso e utilizadas no período da colonização por volta dos anos 1950 a1960. A partir daí, e após a festa do colono e motorista em 2015, quando muitas dessas peças foram expostas, a ideia de criar um Museu tomou corpo através do incentivo dosenh or Valter R Braga e Diego Vivian, proprietário do manancial missioneiro e diretor do IBRAM respectivamente.

A maioria das peças expostas pertenciam a família, sendo que as demais foram doadas por pessoas de diferentes comunidades ou mesmo adquiridas. Referido Museu foi inaugurado por ocasião da semana do Museu em 18 de maio de 2017. A partir daí constatou se que o espaço não comportava todo acervo de forma adequada. Tornando-se necessário uma nova construção, a qual foi edificada no final do mesmo ano, sendo que sua reinauguração ocorre por ocasião da semana missioneira, sendo que a partir dessa data o Borraio (fogo de chão) que dá origem ao nome do Museu permanecerá aceso todos os dias do ano.

A família proprietária informa que as visitas poderão ser realizadas em qualquer dia e horário, porém excursões ou grupo com agendamento, devem fazer contato pelos telefones: (55) 9.9989-5171 ou (55) 9.9909-6665